terça-feira, 27 de abril de 2010

A Casa da Música e as Pontes sobre o Rio Douro - impressões e emoções de uma visita de estudo

No dia 24 de Abril do corrente ano (2010), algumas turmas do Curso EFA, da Escola Secundária de Vila Verde, efectuaram uma visita de estudo à Casa da Música, situada na cidade do Porto, e um cruzeiro pelas seis pontes, no rio Douro, na mesma cidade. Integro uma das turmas e acompanhei a visita de estudo com muito entusiasmo.
Na cidade do Porto, a principal sala de concertos é a Casa da Música. O seu projecto é da autoria do arquitecto holandês, Rem Koolhas. Este monumento artístico fez parte do evento: Porto Capital Europeia da Cultura em 2001, mas a sua construção só ficou concluído no ano de 2005.
A construção deste edifício causou muita polémica. O custo previsto para a construção, excluindo o valor dos terrenos, foi de 33 milhões de euros. Acabou por custar 111, 2 milhões de euros e a sua conclusão só foi possível passados quatro anos. No mês de Julho de 1999 arrancaram os trabalhos de preparação para a construção da obra. O principal objectivo era que a Casa da Música abrisse as portas no mês de Dezembro de 2001, chegando a tempo de coincidir com o final da Capital Europeia da Cultura. Tal não foi possível, a sua inauguração efectuou-se em Abril de 2005, mas alguns trabalhos só foram formalmente terminados no mês de Maio de 2006.
Segundo a versão de alguns especialistas na área, tais como Nicolai Ouroussoff, a Casa da Música é uma das mais importantes salas de espectáculos construídas nos últimos 100 anos. Na opinião deste especialista, esta obra é comparável à sala de espectáculos de Walt Disney em Los Angeles e ao auditório da “Berlim Philharmonic”.
A Casa da Música possui, entre muitas outras salas, que podem ser adaptadas para a realização de concertos e outras actividades educacionais, dois auditórios principais. O auditório grande, possui uma capacidade para 1238 lugares, mas pode variar de acordo com a ocasião. O auditório mais pequeno é flexível e ainda não foi publicado um número fixo de lugares. No entanto, dependendo do tamanho e da localização do palco, da disposição das cadeiras, da presença e do tamanho do equipamento de som e de gravação, pode ser definida uma média de 300 lugares sentados e 650 lugares de pé.
No cimo do edifício, existe um terceiro espaço para espectáculo que foi projectado para acolher 250 lugares.
Gostei muito da visita efectuada a este monumento mas o que mais me cativou foi a sala roxa. O nome desta sala provém da sua cor que é roxa. Esta sala tem uma função muito especial e muito particular: está destinada para acolher as crianças enquanto os pais, avós ou outros adultos assistem a um espectáculo ou participam num workshop. A sala fica situada num piso superior e possui uma janela panorâmica que dá para a Sala Suggia. Através desta janela as crianças podem ver um concerto e ouvir, porque está assegurado um sistema de som. Para além da cor que lhe dá o nome, a sala tem uma constituição e uma decoração particulares. O chão é revestido por um tipo de material igual ao utilizado nos parques infantis que assegura que as crianças não se magoem. Possui um tipo de degraus que são adaptados para as crianças se sentarem e entre muitas outras brincadeiras, saltarem. O tecto desta sala está coberto por um material esponjoso que funciona como uma almofada. Abarca pequenas luzes (leds) que sugerem estrelas naquele céu roxo.
Finda a visita à Casa da Música, eis que chegou a hora do almoço. Entre petiscos e diversas “brincadeiras” entre colegas, efectuamos uma visita guiada à Baixa do Porto acompanhada de perto pelo Professor Jorge Cidade. Terminada a visita, iniciamos um cruzeiro no rio Douro passando pelas várias pontes existentes ao longo do percurso desta corrente natural de água. Foi maravilhoso este passeio pelo curso do rio, gostei imenso e mais uma vez constatei que não precisamos de deslocar-nos para o estrangeiro, para gozar férias. Portugal possui locais e paisagens de uma beleza extraordinária.
Terminada esta magnífica visita de estudo, iniciamos a viagem de regresso a Vila Verde. Tudo correu dentro da normalidade, sem stress e acidentes.
As visitas de estudo são muito importantes para enriquecer o nosso conhecimento, partilhar momentos agradáveis com os nossos colegas e com pessoas de outras regiões. São, na minha opinião, uma forma de obter alguma PAZ interior que tanta falta faz ao ser humano. Este vive numa autêntica correria que muitas vezes se assemelha a uma corrida de “Formula Um”, esquecendo-se muitas vezes das coisas belas que a vida contém.


Deolinda Alves



(formanda da Turma NS3)